Estou a um ano prestando serviços na linda cidade do Rio de Janeiro, que merece com toda certeza o título de "CIDADE MARAVILHOSA". Em qualquer caminho que fazemos na cidade do Rio, nos deparamos com história de nosso país, da cidade de São Sebastião à Capital do Brasil, igrejas centenárias, obras de um Brasil colonial ao contemporâneo, museus que revelam a cultura de um povo, e as praias, como são lindas, Copacabana, Arpoador, Ipanema, Leblon, Barra e tantas outras. O Cristo Redentor.
A imensa e imponente ponte Rio/ Niteroi, o MAC - Museus de Arte Conteporânea de Niteroi, Obra de Oscar Niemeyer.
No Rio de Janeiro que estou conhecendo, percebo um povo ordeiro, trabalhador, que luta no seu dia a dia pela sobrevivência, não em um mundo de sonhos, mas no mundo real, com todas as dificuldades que qualquer cidade no mundo impõe aos seus cidadãos. Mas percebo que a mídia nos passa a imagem de um Rio, que é só violência e nos esconde um cotidiano tranquilo de uma cidade imensa, linda e com tesouros inigualáveis.
Mas o que me leva a retratar esta matéria neste momento, é uma grande ação que vem sendo desenvolvida com grande competência no Rio de Janeiro. Um projeto que estou podendo acompanhar mais de perto como observador, e que tenho a obrigação de reportar a todos que militam na área de combate às Drogas.
Hoje vamos falar sobre as UPP - UNIDADES DE POLÍCIA PACIFICADORA.
A Unidade de Polícia Pacificadora, conhecida também pela sigla UPP, é um projeto da Secretaria Estadual de Segurança Pública do Rio de Janeiro que está instituindo polícias comunitárias em favelas principalmente na capital do Estado, com o objetivo de desarticular quadrilhas que antes controlavam estes territórios como estados paralelos.
Antes do projeto, inaugurado em 2008, apenas a favela Tavares Bastos, entre mais de 500 existentes na cidade, não possuía crime organizado (tráfico de drogas ou milícia).
A primeira UPP foi instalada na Favela Santa Marta em 20 de novembro de 2008. Posteriormente, outras unidades foram instaladas na Cidade de Deus, no Batan, Pavão-Pavãozinho, entre outras favelas. Em algumas delas, o crime organizado já foi totalmente expulso, enquanto em outras está em avançado processo de desmantelamento.
O programa tem sido bem avaliado por especialistas, no entanto vem sofrendo críticas devido ao fato de as comunidades que mais rapidamente têm recebido este serviço serem aquelas situadas próximas à Zona Sul, a mais rica da cidade, sendo uma forma de, portanto, reduzir a criminalidade nos bairros mais ricos, e não naqueles mais violentos, como deveria ser de se esperar. A essas críticas, respondem as autoridades que a iniciativa de iniciar na Zona Sul do Rio essa operação, onde se situam favelas menores, é consequência da necessidade de maior efetivo policial para ocupar as favelas maiores, como o Complexo do Alemão.
Nas comunidades pacificadas, existe interação sem restrições, em busca de um único objetivo, melhoria na qualidade de vida de todos.
As UPPs, é fato comprovado, vêm resgatando direitos e implantam a confiabilidade no policial que atua no contato diário em tais localidades. Ou seja, cria os alicerces de uma nova polícia, democrática e cidadã, cuja missão precípua é a de servir e proteger. Segundo o governo do estado, estima-se que 110 mil pessoas já tenham sido beneficiadas diretamente com a instalação das UPPs com a queda dos índices de criminalidade no seu entorno. Cidade de Deus, Leme e as cercanias do Morro Santa Marta são os maiores exemplos disso. Os imóveis ao redor foram valorizados. O Morro da Babilônia, no Leme - vejam a importância da paz social -, voltou agora a ser local de atração turística.
José Junior, coordendor do AfroReggae, ONG que desenvolve 34 projetos sociais no Rio em parceria com países com Estados Unidos, China e Índia, ao ser perguntado sobre sua opinião em relação as Unidades de Polícia Pacificadora, disse que pela primeira vez um governo está tentando isso, reconquistar territórios perdidos, sendo que o mais importante, frisou, é que as UPPs estão entrando nas favelas acompanhadas de investimentos em educação, saúde e cultura. Não são só projetos sociais. Projetos urbanísticos, com iluminação, câmeras de segurança, quadras de esporte, ciclovias, em parceria com o governo federal (Pronasci e PAC) e a prefeitura municipal, demonstram que quando há união das três esferas de poder, caminhando de mãos dadas, todos ganham.
Acesse o site da UPP e conheça este importante projeto - www.upprj.com/wp/
Aqui um agradecimento especial ao querido amigo Dr. Leonardo Frajdrac e sua esposa Dra. Luciana, que tão carinhosamente foram nossos anfitriões no Rio de Janeiro, além de um abraço especial em Leila e Amadeu, Dani e Thabata.
Fontes: wikipédia, PMRJ, upprj entre outros.