CONTADOR DE VISITAS

Páginas

terça-feira, 12 de julho de 2011

RELATÓRIO MUNDIAL SOBRE DROGAS - UNODC 2011



Nesta matéria apresento um resumo sobre o relatório mundial sobre drogas apresentado pela ONU no último dia 23 de junho.







Conforme apresentado no relatório Mundial sobre Drogas, no último dia 23 de Junho, de forma global, cerca de 210 milhões de pessoas, ou 4.8% da população entre 15-64 anos de idade, consumiu alguma substância ilícita pelo menos uma vez em anos anteriores. Ao todo, o uso de drogas, incluindo o uso problemático de drogas, (0.6% da população entre 15 e 64 anos de idade) ficou estável. No entanto, houve um aumento da demanda por substâncias fora do sistema de controle internacional, como as piperazinas e a catinona. Os efeitos da cannabis também estão sendo imitados pela cannabis sintética, ou " spice".






Ainda de acordo com o relatório a cannabis continua sendo, com tendência de aumento, a substância mais produzida e consumida em todo o mundo, a pesar de que ha dados limitados a respeito. Em 2009, entre 2,8% e 4,5% da população mundial, entre 15 e 64 anos de idade (ou seja, entre 125 e 203 milhões de pessoas) tinham consumido cannabis pelo menos uma vez no ano anterior. A produção de maconha está muito difundida, principalmente na América e na África, enquanto que a produção da resina de cannabis (haxixe) continua se concentrando únicamente em dois países: Marrocos, que abastece os mercados da Europa ocidental e África setentrional, e Afeganistão, que abastece os mercados da Ásia sul oriental. Em 2010, a resina de cannabis foi muito mais rentável do que o cultivo de papoula no Afeganistão.



A América do Norte, em particular os Estados Unidos, continua a ser o maior mercado de drogas do mundo, dados do Relatório Mundial sobre Drogas 2011 indicam que o tráfico permanece direcionado em primeiro lugar para a região, onde a produção de drogas ilícitas está majoritariamente relacionada à maconha, aos estimulantes tipo anfetamina e aos opiáceos.

O documento mostra que as apreensões de cocaína na América do Norte diminuíram 43% entre 2005 e 2009, mas, no mesmo período, houve aumento das apreensões de anfetaminas (87%), ecstasy (32%), maconha (71%) e heroína (19%).

A taxa de prevalência de consumo de maconha na população entre 15 e 64 anos chega a 10,7% – bem acima da média mundial (7%). A região abriga cerca de um quinto de todos os usuários da droga no mundo.

Entretanto, segundo o Unodc, a droga de maior importância relativa na América do Norte é a cocaína, uma vez que 37% dos usuários em todo o mundo vivem na região. A taxa de prevalência da droga entre a população de 15 a 64 anos é de 1,9%, enquanto a média global é de 0,4%.







Outro problema avaliado pelo relatório como significativo trata do uso sem prescrição de medicamentos, principalmente analgésicos (4,9%) e tranquilizantes (2,2%). A taxa anual de prevalência entre a população com 12 anos ou mais é de 6,4% e perde apenas para a maconha.

Entre os novos usuários de drogas nos Estados Unidos, cerca de 2,2 milhões começaram o consumo por meio de analgésicos. Em 2006, a estimativa é que 38,4 mil pessoas tenham morrido no país em decorrência do uso de drogas, com uma taxa de mortalidade de 182 óbitos para cada milhão de habitantes entre 15 e 64 anos.







De acordo com o relatório (página 51), os medicamentos do grupo dos opióides (opióides de prescrição), em especial aqueles à base de codeína, prevalecem na América do Sul, América Central e Caribe. O documento mostra que nos mercados das américas do norte, sul e caribe a  cocaína, heroína e maconha diminuíram ou se mantiveram estáveis, enquanto que a produção e o abuso de opióides de prescrição apresentaram alta prevalência na Costa Rica, Brasil e Chile.
O Brasil, conforme o relatório, é um dos países que mais consomem medicamentos a base de opióides, principalmente pelo uso não médico. Entre os medicamentos que fazem parte da lista, estão a morfina, a codeína e os opióides sintéticos como metadona, buprenorfina, propoxifeno, fentanila e pentazocina.





O segundo grupo de substâncias mais utilizadas são os estimulantes tipo anfetaminas (ATS). Este grupo inclui as anfetaminas (principalmente a anfetamina, metanfetamina e metcatinona) e as substâncias do grupo do ecstasy (MDMA e seus análogos). O seu uso está relacionado a estimulantes prescritos - como anorexígenos ou para o tratamento de transtorno de déficit de atenção - que são desviados.

Os dados mostram que o uso abusivo desses medicamentos na América do Sul está estimado entre 0,3% e 0,4% da população adulta, algo em torno de 850.000 e 940.000 pessoas entre 15 e 64 anos. O Brasil, por sua vez, é um dos países que possui um percentual acima da média na região, ao lado de Bolívia (0,5%) e Chile (0,5%).



FONTE: UNODC/ Relatório mundial sobre drogas 2011, panoramabrasil entre outros;

Nenhum comentário: